terça-feira, 5 de março de 2019

A defesa que se impunha ao Sr Dr Juiz Neto de Moura




Foi com alguma perplexidade e preocupação que assisto ao ataque vil e ignóbil do Sr Dr Juiz.

Qualquer e todo o homem normal ficou de certeza abismado e chocado com tamanha vilependiagem a tão proeminente personalidade da vida jurídica e social deste país.

Todos, provavelmente não. 

Aqueles distintos senhores defensores da ordem publica que são os elementos da claque que atacou um local de treino, devem estar arrependidos de naquele dia não terem atacado a equipa de futebol feminino.

Se eu fosse advogado destes senhores, já tinha alinhavado uma estratégia de defesa absolutamente a prova de todo e qualquer argumento, sabendo, faria pressão para que fosse nomeado tão douta e excelsa personalidade do meio jurídico nacional ou então utilizaria este argumento poderoso

“Sr Dr Juiz, os nossos clientes cometeram um engano lamentável fruto do abuso de psicotrópicos , se o Sr Dr Juiz fizesse parte daquele grupo de pessoas, via que muitas vezes eles apelidavam os atletas de meninas, ora no seu estado deteriorado mental e em total psicose convenceram-se que estariam a atacar um grupo de mulheres e como tal e não utilizando armas de fogo, a sentença só pode ser a de absolvição”

De volta a minha indignação, não consigo entender o porquê de existir tanto histerismo, um homem assim como eu, que finalmente lá pensaria que poderia ganhar algum argumento, fica sem defesa.

Ora, vamos explicar, naqueles dias que um tipo chega a casa e encontra a mulher com aquela cara que já fizemos alguma coisa de errada, que admitamos são muitas vezes, pois verdade seja dita nós somos um pouco para o bestas e perguntamos já na esperança que não nos façam sofrer, o que se está a passar

Essa é uma esperança infundada, pois só depois de fazermos o pino em dois dedos, termos feito uma exibição de ballet ao nível de um Baryshnikov e saltar mais longe que o Nelson Évora é que obtemos a resposta.

Ela com a sua habitual memória fotográfica e já com as lágrimas a correr na face e do alto da superioridade moral, vai de forma detalhada e pormenorizada expor a razão porque somos culpados, já que as mulheres tem uma capacidade inata para guardar informação que depois podem usar para ganhar qualquer discussão, porque verdade seja dita um gajo não se lembra onde deixou as sapatilhas, responde:

“Faz hoje 1 ano e dois meses que eu vestida com aquela blusa que tinha comprado no dia 3 de Março na loja da tia José, de cor azul as bolinhas e com aquela saia preta que fica justinha, vi te pela primeira vez naquele supermercado, e tu vinhas com aquelas calças laranja que te ficam tão bem e quando me viste e olhaste nos meus olhos parece que as nossas almas se tocaram”

Quando um gajo não se lembra do que ela está a falar, temos que nos calar, mas o problema é quando nos lembramos mesmo do que se passou naquele dia e de facto estávamos a admirar o preço do marisco que além de estar em promoção ainda oferecia um pack de cerveja, mas parece mal admitir

Nesta altura e se não fosse este ataque ignóbil ou Sr Dr Juíz que coloca os palermas como eu com alguma credibilidade, poderíamos responde ah e tal mas ou menos não sou nenhum Neto de Moura 

Obtendo assim uma rara "vitória",

Assim sendo lá voltamos novamente a ser aviltados e apelidados de insensíveis
Estou chocado e desagradado,